Poesia, música, justiça e cinema. E também um pouco de anarquia. Viva a esquerda humanista! Este é um espaço do tamanho da alma, de braços abertos às palavras, às imagens e aos sons que nos fascinam.
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
O FIM DO VERÃO
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Quando eu nasci
terça-feira, 9 de agosto de 2011
Filmes a não perder (clássicos do cinema)
Filmes a não perder (clássicos do cinema)
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
sexta-feira, 29 de julho de 2011
Liberdade
Rezava o padre-nosso que sabia,
A pedir-te, humildemente,
O pio de cada dia.
Mas a tua bondade omnipotente
Nem me ouvia.
— Liberdade, que estais na terra...
E a minha voz crescia
De emoção.
Mas um silêncio triste sepultava
A fé que ressumava
quinta-feira, 28 de julho de 2011
quarta-feira, 27 de julho de 2011
Olá
Estás tão perto mas não te conheço
terça-feira, 26 de julho de 2011
sexta-feira, 1 de julho de 2011
Poética
quinta-feira, 26 de maio de 2011
segunda-feira, 16 de maio de 2011
A SOCIEDADE É A IMAGEM DO HOMEM
Quando os homens se tornarem bons, a sociedade tornar-se-á boa, sejam quais forem as bases políticas e económicas em que ela assente. Dizia um bispo francês que preferia um bom muçulmano a um mau cristão. Assim deve ser. As instituições aparecem com as virtudes ou com os defeitos dos homens que as representam.
Teixeira de Pascoaes, in "A Saudade e o Saudosismo"
segunda-feira, 28 de março de 2011
Partir
não posso mais ficar!
Já sei de cor os passos de cada dia,
na boca as mesmas palavras
batidas nos meus ouvidos...
-Ai as desgraças humanas destas paisagens iguais!..
Abro os olhos e não vejo
já não ando, já não oiço...
Não posso mais...
Grita-me a Vida de longe
e eu vou-me embora para além do Tejo.
Passa a ave no céu bebendo azul e diz: -Vem!
O vento envolve-me numa carícia,
envolve-me e murmura: -Vem!
As ondas estalam nas praias e vão mar fora,
as mãos de espuma a prender-me os sentidos
chamam no fundo dos meus olhos: -Vem!
- Camaradas, eu vou, esperai um pouco...
Ai, mas a vida nunca espera por ninguém...
E a noite chega vingadora;
o vento rasga-me o fato,
as ondas molham-me a carne
e a ave pia misticamente no ar;
abro os olhos e não vejo,
já não ando,já não oiço
-e fico, desgraçado de ficar!..
segunda-feira, 21 de março de 2011
Filmes a não perder (clássicos do cinema)
quinta-feira, 17 de março de 2011
As eleições no Sporting 2011
quarta-feira, 9 de março de 2011
Manuel de Arriaga
Dia Internacional da Mulher
terça-feira, 1 de março de 2011
Politiquices
O país civil precisa de dizer estou aqui e tenho uma palavra a dizer. A manifestação do próximo dia 12 de Março vai ser um teste à capacidade dos portugueses se indignarem ou não, perante o facto deste país, neste momento, não dar um futuro aos nossos filhos.
O capital, nomeadamente a BANCA, não está em crise e cada vez apresenta melhores resultados. Porque, quando um banco está em dificuldades, pagamos todos (os trabalhadores). Quando apresenta altos dividendos os beneficiados são apenas os accionistas.
Para além do que já escrevi, nem vale a pena referir os salários milionários pagos aos gestores de empresas públicas com a conivência do governo. Afinal, segundo o governo, a crise é para ser paga pelos que menos têm. Seus IMORAIS!
CN 01/MAR/2011
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Hora da partida
Escurecem o jardim e o vento passa,
Estala o chão e as portas batem, quando
A noite cada nó em si deslaça.
A hora da partida soa quando
As árvores parecem inspiradas
Como se tudo nelas germinasse.
Soa quando no fundo dos espelhos
Me é estranha e longínqua a minha face
E de mim se desprende a minha vida.
Sophia de Mello Breyner Andresen
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Mão na mão
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
O FIM DO SONHO (um conto)
NO MEU TEMPO
Na natureza as fêmeas acasalam com os machos, salvo nos casos de hermafroditismo. Agora provou-se que a natureza nem sempre tem razão.
Mas esta geração impõe um limite: embora considere o amor como um conceito muito mais abrangente que a geração anterior, só pode acontecer entre seres humanos. Quem pense que pode casar com o cão ou com o gato (ou com o burro), tire daí a ideia. Ainda que goste mais do animal do que de qualquer ser humano.
Como o Estado constitucionalmente se considera ateu, há que contemplar também na lei o casamento polígamo, já que, "Na sua origem, o ser humano é polígamo", conforme confirma a famosa sexóloga Erika Morbeck, bem como o casamento grupal. O respeito pela liberdade de pensamento impõe, igualmente, a sua legalização.
No meu tempo, os rapazes apaixonavam-se pelas raparigas e sonhavam com o dia em que se uniam pelo matrimónio. Era o dia mais feliz das suas vidas. Concretizavam, assim, o sonho de uma vida e nascia o fruto do amor que dedicavam um ao outro: os filhos.
No meu tempo …
Ai que saudades desse tempo!
C.Nobre [8/JUN/2010]
O FUTURO DO PENSAMENTO ECONÓMICO
Todos os diagnósticos económicos actuais encontram-se padronizados pelo pensamento económico neoclássico. Existe claramente uma tendência para uniformizar o pensamento económico, tornando-o desinteressante, o que pode colocar em causa a existência da Economia como disciplina autónoma, substituindo-a por outros ramos da ciência.
São notórios os avanços nas ciências do conhecimento humano e assustadores os avanços tecnológicos, alterando os comportamentos sociais, enquanto que as teorias económicas passaram mais ao domínio da literatura do que à ciência.
A necessidade de interligar a economia com outras áreas tem vindo a ser incentivada na atribuição de alguns prémios Nobel, nomeadamente, em 1991 a Ronald Coase, cujo trabalho se situou entre a Economia e o Direito, em 1992 a Gary Becker, premiando o desenvolvimento no campo da análise dos mais variados aspectos do comportamento humano, em 1993 a Robert Fogel, no campo da História Económica e principalmente em 1988 ao ser laureado o indiano Amartya Sen, pelas suas contribuições para a economia do bem estar (1), situando o prémio no limite entre a Economia e a Filosofia.
A análise empírica, o desenvolvimento da economia experimental e a aliança com outras ciências sociais, trarão certamente novos contributos para o bem estar dos povos, descapitalizando o que é humano e humanizando o capital. Ou não fosse esse o objectivo da economia: a satisfação das necessidades humanas através da distribuição equilibrada dos bens produzidos, tendo em conta a realidade dos povos e das suas culturas.
C.Nobre (2000)
(1) Para medir o desenvolvimento de uma economia é imperioso levar em conta, para além dos indicadores tradicionais, o Índice de Desenvolvimento Humano e o Índice de Pobreza Humana.