Poesia, música, justiça e cinema. E também um pouco de anarquia. Viva a esquerda humanista! Este é um espaço do tamanho da alma, de braços abertos às palavras, às imagens e aos sons que nos fascinam.
sábado, 11 de agosto de 2012
Citações de José de Almada Negreiros (1893-1970), um dos maiores vultos da cultura portuguesa do século XX, numa entrevista concedida à RTP em 1968, conduzida pelo jornalista Manuel Varela
domingo, 8 de julho de 2012
FILMES A NÃO PERDER: INCENDIES - A MULHER QUE CANTA
segunda-feira, 21 de maio de 2012
Final da Taça de Portugal 2012
No entanto, existe sempre a rivalidade, o jogo acontece e as duas equipas em campo lutam por honrarem o seu clube e levarem esse troféu tão apetecido.
Este ano, as equipas que disputaram a final foram, a velhinha Académica de Coimbra, cujo último troféu que ganhou já faz 73 anos (terá sido em 1939) e o Sporting Clube de Portugal, equipa de primeiro plano do futebol português.
FILMES A NÃO PERDER
quarta-feira, 25 de abril de 2012
Adeus para sempre camarada e obrigado pela luta que travaste e que vai continuar.
segunda-feira, 9 de abril de 2012
quinta-feira, 22 de março de 2012
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
Obteve 5 nomeações aos Óscares, entre as quais a de Melhor Filme.
Quando tudo se desmorona na vida dum jovem de 27 anos a quem lhe é diagnosticado um cancro raro, que lhe dá 50% de possibilidades de sobrevivência, prevalece a amizade e o valor família.
Obteve 2 nomeações aos Globos de Ouro: Melhor Filme e Melhor Actor (Joseph Gordon-Levitt).
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
Desculpa escrever-te uma pequena carta, mas estou tão confuso que pensei que escrevendo me explicava melhor.
Vi ontem na televisão um senhor de cabelos brancos, julgo que se chama Catroga, a explicar que vai ter um ordenado de 639 mil euros por ano na EDP, aquela empresa que dava muito dinheiro ao Estado e que o governo ofereceu aos chineses.
Pus-me a fazer contas e percebi que o senhor vai ganhar 1750 euros por dia. E depois ouvi o que ele disse na televisão. Vai ganhar muito dinheiro porque tem o seu valor de mercado, tal como o Cristiano Ronaldo. Foi então que fiquei a pensar. Qual é o teu valor de mercado, mãe?
Tu acordas todos os dias por volta das seis e meia da manhã, antes de saíres de casa ainda preparas os nossos almoços, passas a ferro, arrumas a casa, depois sais para o trabalho e demoras uma hora em transportes, entra e sai do comboio, entra e sai do autocarro, por fim lá chegas e trabalhas 8 horas, com mais meia hora agora, já é noite quando regressas a casa e fazes o jantar, arrumas a casa e ainda fazes mil e uma coisas até te deitares quando já eu estou há muito tempo a dormir.
O teu ordenado mensal, contaste-me tu, é pouco mais de metade do que aquele senhor de cabelos brancos ganha num só dia. Afinal mãe qual é o teu valor de mercado? E qual é o valor de mercado do avozinho? Começou a trabalhar com catorze anos, trabalhou quase sessenta anos e tem uma reforma de quinhentos euros, muito boa, diz ele, se comparada com a da maioria dos portugueses. Qual é o valor de mercado do avô, mãe? E qual é o valor de mercado desses portugueses todos que ainda recebem menos que o avô? Qual é o valor de mercado da vizinha do andar de cima que trabalha numa empresa de limpezas?
Ontem à tardinha ela estava a conversar com a vizinha do terceiro esquerdo e dizia que tem dias de trabalhar catorze horas, que não almoça por falta de tempo, que costumava comer um iogurte no autocarro mas que desde que o motorista lhe disse que era proibido comer nos transportes públicos se habituou a deixar de almoçar. Hábitos!
Qual é o valor de mercado da vizinha, mãe? E a minha prima Ana que depois de ter feito o mestrado trabalha naquilo dos telefones, o "call center", enquanto vai preparando o doutoramento? Ela deve ter um enorme valor de mercado! E o senhor Luís da mercearia que abre a loja muito cedo e está lá o dia todo até ser bem de noite, trabalha aos fins de semana e diz ele que paga mais impostos que os bancos?
Que enorme valor de mercado deve ter! O primo Zé que está desempregado, depois da empresa onde trabalhava há muitos anos ter encerrado, deve ter um valor de mercado enorme! Só não percebo como é que com tanto valor de mercado vocês todos trabalham tanto e recebem tão pouco! Também não entendo lá muito bem - mas é normal, sou criança - o que é isso do valor de mercado que dá milhões ao senhor de cabelos brancos e dá miséria, muito trabalho e sofrimento a quase todas as pessoas que eu conheço!
Foi por isso que te escrevi, mãe. Assim, a pôr as letrinhas num papel, pensava eu que me entendia melhor, mas até agora ainda estou cheio de dúvidas. Afinal, mãe, qual o teu valor de mercado? E o meu?"
Artigo de Francisco Queirós publicado no Diário As Beiras.
http://www.asbeiras.pt/2012/01/qual-e-o-teu-valor-de-mercado/
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
O FIM DO VERÃO
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Quando eu nasci
terça-feira, 9 de agosto de 2011
Filmes a não perder (clássicos do cinema)
Filmes a não perder (clássicos do cinema)
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
sexta-feira, 29 de julho de 2011
Liberdade
Rezava o padre-nosso que sabia,
A pedir-te, humildemente,
O pio de cada dia.
Mas a tua bondade omnipotente
Nem me ouvia.
— Liberdade, que estais na terra...
E a minha voz crescia
De emoção.
Mas um silêncio triste sepultava
A fé que ressumava
quinta-feira, 28 de julho de 2011
quarta-feira, 27 de julho de 2011
Olá
Estás tão perto mas não te conheço
terça-feira, 26 de julho de 2011
sexta-feira, 1 de julho de 2011
Poética
NO MEU TEMPO
Na natureza as fêmeas acasalam com os machos, salvo nos casos de hermafroditismo. Agora provou-se que a natureza nem sempre tem razão.
Mas esta geração impõe um limite: embora considere o amor como um conceito muito mais abrangente que a geração anterior, só pode acontecer entre seres humanos. Quem pense que pode casar com o cão ou com o gato (ou com o burro), tire daí a ideia. Ainda que goste mais do animal do que de qualquer ser humano.
Como o Estado constitucionalmente se considera ateu, há que contemplar também na lei o casamento polígamo, já que, "Na sua origem, o ser humano é polígamo", conforme confirma a famosa sexóloga Erika Morbeck, bem como o casamento grupal. O respeito pela liberdade de pensamento impõe, igualmente, a sua legalização.
No meu tempo, os rapazes apaixonavam-se pelas raparigas e sonhavam com o dia em que se uniam pelo matrimónio. Era o dia mais feliz das suas vidas. Concretizavam, assim, o sonho de uma vida e nascia o fruto do amor que dedicavam um ao outro: os filhos.
No meu tempo …
Ai que saudades desse tempo!
C.Nobre [8/JUN/2010]
O FUTURO DO PENSAMENTO ECONÓMICO
Todos os diagnósticos económicos actuais encontram-se padronizados pelo pensamento económico neoclássico. Existe claramente uma tendência para uniformizar o pensamento económico, tornando-o desinteressante, o que pode colocar em causa a existência da Economia como disciplina autónoma, substituindo-a por outros ramos da ciência.
São notórios os avanços nas ciências do conhecimento humano e assustadores os avanços tecnológicos, alterando os comportamentos sociais, enquanto que as teorias económicas passaram mais ao domínio da literatura do que à ciência.
A necessidade de interligar a economia com outras áreas tem vindo a ser incentivada na atribuição de alguns prémios Nobel, nomeadamente, em 1991 a Ronald Coase, cujo trabalho se situou entre a Economia e o Direito, em 1992 a Gary Becker, premiando o desenvolvimento no campo da análise dos mais variados aspectos do comportamento humano, em 1993 a Robert Fogel, no campo da História Económica e principalmente em 1988 ao ser laureado o indiano Amartya Sen, pelas suas contribuições para a economia do bem estar (1), situando o prémio no limite entre a Economia e a Filosofia.
A análise empírica, o desenvolvimento da economia experimental e a aliança com outras ciências sociais, trarão certamente novos contributos para o bem estar dos povos, descapitalizando o que é humano e humanizando o capital. Ou não fosse esse o objectivo da economia: a satisfação das necessidades humanas através da distribuição equilibrada dos bens produzidos, tendo em conta a realidade dos povos e das suas culturas.
C.Nobre (2000)
(1) Para medir o desenvolvimento de uma economia é imperioso levar em conta, para além dos indicadores tradicionais, o Índice de Desenvolvimento Humano e o Índice de Pobreza Humana.